Rogério Alves da Silva
19 de dez de 20201 min
Atualizado: 23 de dez de 2020
Desperto bem cedinho, dia após dias.
Saio da cama por ela assim desejar,
pois já vínhamos de lutar noite afora.
Já de pé, busco o que me motive,
é primordial me ocupar e continuar.
Se deixar a mente solta, ela vagueia.
De tanto tagarelar, ela me faz calar.
Silencio a boca por falta de ouvidos,
na cabeça uma multidão a digladiar.
São planos, preocupações, afazeres...
De pronto, sei que o dia é pequeno,
que será consumido inevitavelmente.
Numa sucessão imensa de aflições,
encaro uma a uma até dissolvê-las.
Com tempo e treino, fico mais capaz.
Ao entardecer, o dia se entrega, finda.
Até aqui, tenho conseguido vencê-lo.
E, trôpego, busco na noite me refazer.
Mas, não vejo a hora de recomeçar.
Me sinto motivado e desafiado,
abro os olhos, te tomo nos braços...
Te olho!
Te abraço e sigo em frente,
como é bom estar vivo, vivenciar!
Fogo, água e ar - me faz acordar.
Vivo!
Todos os dias vivo suas horas!
Te amo!
Sem você só resta a morte,
Assim, eu escolho acordar e viver.
Te quero vida, pulsante e marcante,
vida que existe, persiste e insiste,
que de tão viva, jamais desiste.
Rogério Alves