Rogério Alves da Silva

jan 202 min

Frango com Quiabo?

Eu gosto de frango, posso comer com frequência que não enjoo, o frango com batatas que minha mãe faz é o meu preferido.

Baseando-se no meu gosto e me sabendo mineiro, as pessoas acabam cometendo uma heresia sem tamanho ao me convidarem para um franguinho com quiabo e ficam admiradas quando eu digo que eu não como frango com quiabo nem morto. O exagero da afirmação é coisa de mineiro.

Mas chego a ficar com pena do frango que será contaminado seriamente ao ser misturado com uma planta horrível e perigosa como esta. Tenho convicção que a ciência ainda vai descobrir que algumas coisas não foram feitas para o ser humano comer.

Já que falei em exagero, fico muito impressionado com algumas coisas que ouço em relação a “comidas”, por exemplo: a pessoa me pergunta se eu gosto de salada e quando eu respondo que não, ela se indigna e depois de várias considerações ameaçadoras, ainda completa: “Eu adoro salada! Pelo menos  um “alfacinho” tem que ter.”

Depois dizem que eu é que exagero, se a pessoa gasta um adorar com alface, que palavra ela vai usar para o frango com batatas da minha mãe? Com um bom churrasco, empadão, camarão, … uma linguicinha… um pãozinho com mortadela… broa de fubá com café de coador… a coisa vai ficar difícil, não vai?

Minha mãe conta que, desde muito pequeno, ainda falando tudo meio enrolado, eu já “suplicava” à ela na hora que ela arrumava meu prato: “Verdinho não, tá mãe? Verdinho não.” 

Deve ser algo genético. Exemplo não faltou, minha mãe é dessas que dizem adorar almeirão, agrião, até uma tal de chicória. E, de um tempo pra cá, ficou viciada numa erva chamada Ora-pro-nobis, ela e várias vizinhas estão consumidoras ferrenhas desse arbusto, será que não é perigoso na ideia delas?

Salvem o verde!

Rogério Alves 

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