Rogério Alves da Silva

8 de jan de 20221 min

O tempo não para!

Ele caminha célere, sem perder um só minuto!

Chegou ao fim mais um ciclo

que já vinha há muito se arrastando…

Sem cerimônia, nem lutar

deixou-se soterrar por outro em seu lugar.

Agora, que o novo já estreou

e que o seu ineditismo

foi ofuscado com o passar dos seus dias,

constrangendo a minha esperança

levando-a a pouco esperar.

Vejo ser tarde.

De início, os novos dias caminharam

sonolentos e sorrateiros

se aproveitaram da minha desatenção

ganharam ritmo e lá se vão...

E quando me atentei

já estavam a todo vapor

sendo tarde para se opor…

Vão me empurrando a contragosto

de volta a uma pressa angustiante

da qual já sou conhecida presa.

O tempo não para...

Ele não se submete a doma

frustrando o meu pobre domador

que se vê a galope desenfreado

em direção ao vale da morte, da dor.

Corri tanto atrás do tempo,

ombro a ombro e até na frente,

eu sempre me peguei correndo,

Sem nunca lhe alcançar…

Mas, o tempo não para,

ele nunca se cansa,

gigante da minha alma

Ele sempre ganha!

A vida vem me ensinando

em seus segundos, minutos e horas

que os dias sempre se vão

querendo eu ou não.

Vítima da falta de tempo

busco além uma solução…

Penso ser hora de quebrar o relógio

como última opção!

Rogério Alves.

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