Desperta! A vida sempre vai renascer!
Em compasso de espera, a nossa vida está em suspensão…
Quando isso acontece, a vida se poupa, se preserva, guarda forças para ressurgir em hora oportuna, que não chegará ao acaso, que não será marcada por força sobrenatural ou santa, mas por centelha do Querer.
Estamos vivendo uma situação muito peculiar nestes dias assolados pela espera rotineira - aquela do dia a dia que acorda teimosa com a gente depois de uma noite mal dormida, noite que amanhece como uma tentativa frustrada de pôr fim ao dia anterior.
Persistente, o dia nos acorda bem cedinho, como se nada tivesse acontecido, querendo continuar...
Nos obriga a sair da cama, movidos por um incontentamento ansioso de não ter muito o que fazer e pelo vazio no peito que faz faltar espaço para o ar buscado com ardor, na intenção de aliviar a angústia.
Paramos nossas atividades profissionais e a vida, de modo geral, por impositivo de uma coisa nova para quem é novo nessa coisa de viver…
Mas a história conta, pra quem se dispõe a sentar e ouvir, que já vivemos coisa pior e nem por isso deixamos de fazer história...
Temos experiências que podem ser contadas para quem se dignar a sentar e dar de si, do seu tempo, da sua atenção e fome, fome de aprender como foi e de apreender o que virou história.
Baseados em experiências passadas, criamos ou vislumbramos soluções para aquilo que nos acomete neste momento dramático.
Os legados não nos obrigam a começar do zero!
Eles são nossas ricas reservas de conhecimentos nas ações empreendidas para o enfrentamento ou solução de problemas ou dificuldades, de toda ordem, que se assemelham, em sua base, aos desafios atuais que demandam planejado enfrentamento.
Quando se leva um susto muito grande, é comum ficarmos paralisados…
Talvez isso seja um reflexo instintivo dos nossos primeiros passos sobre a Terra - um recurso de defesa diante de algo contra o qual não podíamos lutar, reação que vemos em alguns animais, ainda hoje.
Nestes, o torpor passa depois de algum tempo…
Em nós, em geral, passa ainda mais rápido, sem que percamos a possibilidade de reação e, ainda somos secundados por uma forte descarga de adrenalina e outras substâncias que nos proporcionam um poder de reação incrível diante da ameaça.
Mas o que vivenciamos, naqueles primeiros momentos, não nos causou um susto, por não ter acontecido instantaneamente, de pronto...
Ele foi se sedimentando aos poucos…
Os primeiros fatos foram distantes e as suas notícias passaram despercebidas para a grande maioria de nós.
O tempo foi passando e seu caminhar era, para nós, lento e não representava risco iminente.
Somente muitos meses depois, ela chega sorrateiramente ao Brasil.
Sem alarido, foi se estabelecendo sem causar espanto ou susto necessários para provocar uma reação defensiva.
De acordo com o surgimento dos primeiros casos, fomos tomando medidas paliativas e as estritamente necessárias para aquele momento.
Esse comportamento fez com que fossemos nos habituando lentamente ao cerceamento de nossas atividades e passamos a ser espectadores aguardando as orientações para os nossos próximos passos, perdendo assim o poder de reação e entrando em compasso de espera, aguardando que a crise passasse e tudo voltasse a ser como antes por um simples passar do tempo, naturalmente...
Fomos surpreendidos pelo fechamento das empresas como se isso não fosse previsto, como se isso não tivesse acontecido por onde o vírus passou.
Mas eram somente por 15 dias e muitos até pensaram ser férias fora de época!
Com o isolamento social, o consumo foi reduzido drasticamente.
Semanalmente, assistimos as prorrogações da volta à normalidade e fomos nos acostumando com a vida em suspensão, decreto após decreto nos deixamos levar à moda Zeca Pagodinho (deixa a vida me levar)...
Meu medo é que, sem um susto motivador, não tenhamos força para reação imprescindível na busca de soluções e novos caminhos para retomar a vida.
Perdemos a hora, o trem passou…
Mas mesmo que tardia ainda resta uma saída!
Fomos programados pela natureza para sobreviver!
Temos, em germe, capacidades que podem emergir mediante a única e pessoal atitude de Acordar e Querer, despertando-nos dessa letargia que nos deixou suspensos, apáticos, aguardando que alguém faça alguma coisa ao invés de tomar em nossas mãos o nosso caminhar - descobrir o que fazer e como fazer diante da nova realidade que se apresenta, do futuro que será daqui para a frente.
Ao meu ver, as coisas não voltarão a ser como antes e a recuperação econômica será lenta…
Somente aqueles que descobrirem novas formas de seguir em frente sairão desta crise fortalecidos; somente os que estiverem abertos ao novo e se adaptarem à esta nova realidade, serão menos afetados e conseguiram recuperar, a longo prazo, suas perdas.
A vida não para!
Ela se protege esperando que a hora certa e oportuna se apresente para voltar a florescer.
A saída não é o enfrentamento, a derrogação ou a desobediência às normas preventivas estabelecidas cientificamente para proteger a vida que estamos enaltecendo e valorizando aqui.
A saída, pode ser sim, o Despertar e o Querer buscar soluções práticas e inteligentes, saindo da hibernação que permitimos nos fosse implantada aos poucos... sem susto.
A vida vai continuar!
Somente você detém o poder do Querer construir o relógio que vai marcar a hora precisa e oportuna em que a sua vida vai florescer e, fertilizada dia a dia pela Vontade, você verá surgirem novamente os frutos do seu esforço e do seu cuidado, que serão colhidos e saboreados, nutrindo a aventura de Viver tendo a cabeça erguida e as mãos firmes no leme.
Busque perceber a felicidade nas pequenas coisas que fazem a vida ser boa.
Compartilhe com aqueles que fazem essa viagem com você!
Eles são companheiros que sempre fazem o caminho ser mais fácil!
Aproveite a viagem pois o destino vai longe ...
Valorize suas vitórias!
A vida sempre vai renascer!!!
E você? O que está aprendendo com essa experiência?
Será que você é o mesmo desde que começou a quarentena?
Que mudanças você acredita que irão ocorrer daqui pra frente?
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Veja como fazer neste vídeo:
Rogério Alves
Realmente, muitas mudanças estão ocorrendo. Não sou mais a mesma de meses atrás. Sinto em mim uma mudança positiva, onde aprendi a me olhar no interior e buscar a forma mais adequada de melhorar (reforma íntima). Espero e oro para que outras pessoas possam fazer esta busca e ter esse encontro.
Já se vão mais de três meses de uma vida inesperada. Uns se acostumaram mais com a situação, outros, menos! Estou entre aqueles que se acostumaram muito pouco. Uma coisa é certa: estamos ansiosos com o “quando voltaremos àquela vida normal de antes”, se é que isto será possível. Muitos esperam grandes mudanças nas relações humanas, considerando que haverá uma relação mais cordial e fraterna. Tenho minhas dúvidas. Enfim, vamos esperar e ver quando e como realmente sairemos desta.