Rogério Alves da Silva

8 de abr de 20232 min

Livre-arbítrio

Levantei a cabeça e fui em direção às luzes da praça da liberdade,
 
foi a partir daí que conquistei o direito e a responsabilidade de escolher o caminho e o ritmo do meu caminhar.

De boca em boca, corre quase como um mantra por aí: "Temos que lutar pela liberdade.", "Foi uma luta atroz, a conquista da liberdade.", "Como é bom ser livre para escolher.", "Adoro a liberdade." Quem escuta de olhos bem abertos vê, claramente, uma evolução ascendente da liberdade conquistada que grita.

Mas é importante saber usar. Fruto de conquista pessoal, o livre arbítrio traz com ele a responsabilidade das nossas escolhas, sejam elas boas ou não tão boas…

É muito difícil não é? Assumir com maturidade a responsabilidade das nossas escolhas? Talvez por isso, seja muito comum a busca de motivos e circunstâncias para justificá-las quando não são muito boas. Como forma de apaziguar nossa consciência e atenuar as suas consequências, sempre se busca um culpado.

Quando criança, ganhei uma linda e muito desejada bicicleta*(Tigrão) e, como ela chegou de surpresa, eu não tive tempo para aprender a usá-la. Entusiasmado, tomei a decisão e fui à rua! O aprendizado foi muito doído e marcante. Depois de uns dias, eu estava com várias escoriações, além disso, a bicicleta já apresentava sinais graves da minha imperícia desastrada.

Com joelhos esfolados, canela roxa… Sem contar a "pobre", que tinha o farol quebrado, retrovisores meio tortos, além de inúmeros arranhões provenientes dos vários tombos sofridos no aprendizado; depois de algum tempo, eu já achava que tinha aprendido e fui em frente experimentando.

Por exemplo: quando jovem, eu achava muito legal as altas velocidades e dirigia como se fosse imortal e sofri dois graves acidentes e a culpa não foi minha.

Você conhece um motorista que teve culpa no acidente? Acho que não, certo?

Liberdade e escolhas sempre têm consequências.

Conquistar o livre arbítrio demanda experiências e é somente através delas que vamos crescer! Lembrando que, ao escolher estar aqui lendo este texto, você abriu mão de outras inúmeras possibilidades.

Tudo são escolhas!

Rogério Alves

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