Rogério Alves da Silva

2 de jul de 20221 min

Nunca é tarde…

Me pego correndo
 
e, quando paro,

me pergunto:

- Pra onde?

Na maioria das vezes,
 
tento e não consigo me explicar.

O complicado foi me encontrar,

pois eu vivia a correr sem parar

feito um cão atrás do rabo

sem saber bem o porquê.

Pela manhã, sempre atrasado,

era a hora que me obrigava a sair

numa pressa ilusória que minava a paz,
 
dificultando o meu sorrir.

Já na rua, foram várias às vezes
 
de parar e pensar:

- Para onde ir?

Foi difícil aprender como a alma serenar,
 
como é bom voltar a sorrir.

Aos cinquenta e nove,
 
já não é hora,
 
nem tempo de se afligir.

Acordando já não pulo da cama,

faço hora e até volto a dormir.

Agora, penso que o que resta

seja Vida que valha a pena.

Daquelas boas de viver,
 
sem senho franzido, fácil de sorrir.

Correr? Só para te encontrar,
 
e em teus braços me aninhar
 
e ser feliz!

Rogério Alves.

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