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Quem sou eu?

Há uns dias me perguntaram: 
"Quem é você?" 
"Como você se descreveria?"
Diante dessas indagações, um tanto filosóficas, eu tive que respirar e pensar para responder de forma coerente, verdadeira.

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Minha história

O menino


Sentado no degrau do portão, 
na beira da rua eu esperava...
O degrau era baixo, pois eu tinha meus pés no chão 
mesmo aos três anos de idade.

“O que faz aí menino?”
- minha mãe me perguntou, 
olhando do alto do alpendre.

Com o pé no chão, 
eu respondi um pouco aborrecido: 
“Tô esperando meu pai!”

Diante do silêncio da minha mãe, 
eu aproveitei e  olhei mais uma vez a rua 
na esperança de que ele surgisse.

Depois de um silêncio constrangido, 
minha mãe me chama a entrar 
e a parar de esperar.

O palestrante espírita e o trabalhador voluntário


Aos 20 anos, fui morar sozinho num sítio sem energia elétrica para tomar conta da propriedade. Certa vez, quando fui visitar minha namorada, sua mãe olhou para mim e me perguntou se eu estava bem, pois parecia abatido… Realmente, havia me sentido mal durante toda a semana, então, ela me chamou para ir ao Centro Espírita que frequentava e resolvi ir. Lá me disseram que eu estava assim porque eu estava lendo um livro do qual eu era um dos personagens e isso estava trazendo o desconforto. E isso me causou grande espanto, pois eu nunca tinha ouvido falar em reencarnação! Como eu poderia ter sido um personagem desse livro? Fiquei muito intrigado querendo saber quem eu era de qualquer maneira. Comecei a estudar a Doutrina Espírita e, diante de tudo o que aprendi, por fim, descobrir quem eu havia sido já não fazia muito sentido.


Há 25 anos atrás, um amigo me convidou para ir a uma instituição de idosos da minha cidade. Não queria ir de jeito nenhum… Dei uma desculpa e deixei pra lá. Depois de um tempo, ele tornou a insistir para que eu fosse, ao menos, nos meses que tivessem 5 sábados. Me compadeci do amigo e resolvi ir uma única vez. Comecei logo com trabalho braçal na intenção de que o dia passasse rápido e eu voltasse para casa. Não consegui terminar, pois havia muita necessidade e resolvi voltar no dia seguinte para concluir o que havia começado e nunca mais parei! 


De lá para cá são 40 anos de intenso estudo, trabalho voluntário e divulgação da Doutrina Espírita através de palestras, cursos, seminários, congressos…

O vendedor


Se pensar nos 35 anos de profissão, direi que sou mesmo Vendedor!  Ser vendedor é ter postura, ética, saber de psicologia, de sensibilidade, de política sem ser partidário, saber ouvir, transmitir confiança, saber chegar, sair antes que as pessoas o desejem, ser otimista sem afetação, acreditar que tudo está realmente bem, ser ouvinte.

Ser vendedor é gostar e saber curtir mais o pedido do que a comissão, é crescer gradativamente e ficar grande, é gostar do frio na barriga, sabendo conviver com ele nos meses de baixa, é realizar-se com números desafiadores que você supera mês a mês, tirar o maior pedido possível, desde que seja bom também para seu cliente e para a empresa.

Foi um grande prazer quando a Elastan (onde sou representante há 25 anos) me chamou para fazer uma palestra para meus colegas, meus pares.

Foi uma experiência muito gratificante compartilhar minhas histórias com pessoas amigas, foi uma forma muito legal de dividir, quebrar paradigmas absurdos e ultrapassados que privam as pessoas de almejar, de sonhar, de querer...

Muito longe do que conhecia, até então, de palestra motivacional, pude perceber que palestrar é dar o start, tirar do estado vigente, despertar algo que nunca morre, como a vontade de crescer, de melhorar, de ser feliz!

O Palestrante - Realização pessoal 


Chega uma hora na vida que você se abre para valores que estiveram escondidos, soterrados pelos afazeres e pelos infinitos leões que nós mesmos enfileiramos a nossa porta.

Neste momento, surgem demandas mais amplas, menos personalistas, de compartilhar aquilo que você aprendeu às custas de suas próprias experiências.

Surge uma necessidade de facilitar os caminhos, de conceder aos outros caminhos mais objetivos.

Durante muitos anos, as empresas nos presentearam com palestras motivacionais, proferidas por pessoas que foram algo a muito tempo, que acreditavam em máximas antigas como "vestir a camisa da empresa, conquistar o sucesso, sacrificar horas e convívio familiar, trabalhar duro, suor, pressão".

Vejo e proponho a humanização das relações entre fábricas e vendedor, de trabalhar o planejamento na obtenção de resultados, ter qualidade de vida, viver intensamente a família, buscar prazer no que se faz e na forma de fazer, acreditar nos seus potenciais e cultiva-los, aprender a quebrar paradigmas construindo novos, adaptando-se à realidade vigente, prever e experimentar novos caminhos, capacitar-se. Obter resultados como consequência do prazer em realizar e não como objetivo e fim único que justifiquem os meios.

Abrir-se para ser feliz e encontrar prazer em ser quem você é, acreditar que com planejamento, foco, persistência e determinação, é possível ser feliz, orgulhar-se das suas conquistas e realizações, sem que o trabalho seja algo pesado e feito por obrigação, é possível fazer e se sentir satisfeito, orgulhoso fazendo o que você sempre fez, é possível encontrar prazer em tudo que nos propomos a fazer.

O esposo e pai 


Há 04 meses atrás,  tudo parecia totalmente sob controle em mais um dia de trabalho quanto, antes das nove horas, o telefone toca e tudo se transforma, do outro lado estava minha esposa que tinha caído e relatava o ocorrido. Tentei tranquilizá-la e que buscasse apoio e socorro junto aos filhos, aí ela disse uma frase que me tirou da letargia: "Rô, eu quero você!"

E a colocação foi como um choque, larguei tudo que até aquele momento era importante e sai correndo em busca do que me é imprescindível. Tendemos a acreditar que as pessoas que nós amamos estarão sempre lá para quando a gente tiver um tempinho e que, se a vida não agir, esta hora nunca chega ou chegará tarde demais.

Disse-nos uma pessoa muito mais vivida: "A caridade começa em casa", é lá que estão os nossos próximos mais próximos, é de lá que saímos apressados todas as manhãs e que no final do dia demoramos a retornar. É muito bonito dedicar-se às pessoas lá fora, mas é importante não faltar aos que amamos.

Rogério Alves

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