A gente se acostuma!
Você às vezes se surpreende com o estado das coisas que foram se desgastando e você não percebeu?
Comigo acontece muito…
Somos totalmente adaptáveis, é impressionante como nos acostumamos com tudo que se apresenta na nossa vida; de início aquele acontecimento nos choca, nos assusta, causa mesmo entristecimento e até revolta!
Mas com o passar dos dias, o gigante vai se apequenando e, dentro de muito pouco tempo, estamos totalmente adaptados retomando as nossa ações, levando a vida...
Vejo essa capacidade como de grande importância, e em alguns casos mesmo imprescindível para garantir nossa sobrevivência, sem esse poder de adaptação, nós estaríamos sujeitos a inúmeros problemas e impasses que nos colocariam fora de combate no que se refere a capacidade de seguir em frente, agora sob nova realidade e novo contexto.
Por outro lado, não devemos confundir esta capacidade de adaptação que é de extrema utilidade, com algo quase patológico que é a acomodação, estado que acomete algumas pessoas levando-as a se entregarem de forma perigosa e até fatal.
O que acontece quando por exemplo perdemos nosso trabalho?
Como reagimos diante de algo tão comum nos dias atuais?
Isso tem ocorrido por diversos motivos e o que vemos são diversas reações: uns, não se abalam e buscam rapidamente sua recolocação no mercado de trabalho, outros, se abalam e se deixam afetar de forma avassaladora, caem numa letargia e custam muito a se reabilitarem, outros ainda, não mais se enquadram se deixando aniquilar de forma grave e permanente.
Mas onde quero mesmo me deter e convidar você a me acompanhar, é em um campo intermediário a estes dos acontecimentos mais graves e marcantes, quero falar do acomodar-se, daquela indolência do dia a dia, do habituar-se perdendo a vontade da manutenção, do cuidado, de manter o viço, de descuidar-se…
Coisas como a pintura da casa, os desgastes do carro, a cadeira manca, o emprego ruim, uma lâmpada queimada… e tantas outras pequenas coisas que vão se gastando e nós vamos deixando pra lá.
É preciso ficar atento para perceber os desgastes e não permitir que o brilho vá se perdendo…
Você já pegou por algum motivo o carro de alguém e ao dirigi-lo se assustou com os vários problemas e ruídos e ao devolvê-lo diz:
Cara, seu carro tá muito ruim!
E a pessoa responde:
Não sei disso, pra mim ele está normal!
Alguém já dirigiu o seu carro e te alertou por exemplo, que os freios estavam ruins?
A gente vai se acostumando, embora não deveríamos, mas, as coisas vão perdendo o brilho aos poucos, vamos engordando ou as roupas encolhendo, a tiririca vai tomando conta do gramado, as paredes brancas vão ficando cinzas, a fechadura do portão só funciona se você fizer uma força pra cima, o estabilizador se desligar não liga novamente, … e assim, se não estivermos atentos a vida vai se gastando e pode até parar de tanto esperar…
Fico sempre curioso com esses insights que me tomam, será que estas coisas acontecem com as outras pessoas?
Eu sempre luto para não deixar as coisas perderem o brilho, estou sempre atento e cuidando.
Mas, às vezes me distraio...
E você, consegue reagir?
Ou vai protelando?
Faça um teste com seu carro, pede alguém para dar uma volta e fazer uma análise, você vai levar um susto.
O que você acha disso tudo?
Em tempo: enquanto escrevia e relia o texto tive outro insight.
Será que tenho que cuidar também das pessoas?
Os relacionamentos, será que precisam de cuidados?
Estou pensando aqui… vou colocar atenção nas minhas relações…
Nesse campo acho que tenho me descuidado…
Vou polir meu espelho!
Rogério Alves.
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O contato com o momento presente é fundamental no processo de aceitação, que não deve ser confundido com adaptação. Adaptar ou acomodar nos leva a uma zona de conforto, que nos machuca ao tentarmos dali nos movermos. A aceitação implica num compromisso de buscarmos em nossos valores as ferramentas principais para nos impulsionar na mudança das experiências. Com aceitação e compromisso as experiências, sejam quais forem, representam para o indivíduo momento único de autoconhecimento e transformação.