Arteiros
- Rogério Alves da Silva

- 4 de set.
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Atualizado: 6 de set.

Vi brotar mais um dia!
E eu ali, sentado à beira do caminho, vacilando diante da tentação de tomá-lo, entre o medo e um clarão de coragem, coloquei um dos meus pés na estrada, e o outro, invejoso que sempre foi, imitou o primeiro e pulou lá adiante, o de antes não quis ficar para trás, e lá se foram eles se alternando, querendo chegar um primeiro que o outro, quando atinei, já estava à caminho, deixei o receio de lado e abri os olhos, seduzido pelas paisagens, me entreguei, soltei meus pés, e eles salientes correram, o vento soprou meu rosto e eu sorri, meus olhos voaram pousando aqui e ali, feito as borboletas da minha meninice, agora, era beber os prazeres da viagem, vivendo a aventura dos meus passos, que irão voar até ser hora de descansar, e ficarei sentado à beira do caminho, até que floresça um novo dia, e meus pés arteiros alcem voo.
Rogério Alves

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