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Brincar de Fazer

Em uma época longínqua, existiram crianças estranhas, que fabricavam brinquedos, que os inventavam, que pintavam e bordavam, elas eram destemidas... e o estranho é que até hoje elas contam que eram  felizes.



Como era raro encontrar um besouro de chifres, um daqueles grandões, mas, quando eu o encontrava, com todo cuidado eu o guardava em uma caixa ou gaveta, até o dia seguinte. Eles sempre apareciam à noite, atraídos pela luz do alpendre.


Ansioso, eu levantava bem cedinho, tomava meu café com leite e comia rápido a casca do pão com manteiga, reservando um pouco da bebida para o glorioso final: saborear uma dezena ou mais de pãezinhos feitos com o miolo retirado delicadamente de dentro da casca dura e enrolados um a um, formando uma fila na ordem que seriam devorados.



Aí sim era hora de libertar o grande besouro de chifres e ir em busca dos acessórios para a construção de sua carroça; era preciso a parte onde ficam os palitos de fósforo, dois pedaços de linha 10, a caixinha era furada, as duas pontas amarradas à caçambinha e a volta da linha presa no chifre do gigante, estava pronta a carreta que ele arrastava  sem dificuldade nas estradas feitas no monte de areia nos fundos do quintal.


Eles são incrivelmente fortes, verdadeiras miniaturas de monstros; a disputa entre nós era para ver quem conseguiria o maior, o mais forte. Nós viajávamos nas competições entre os pequenos gigantes e seus magníficos chifres.


Todo o processo de construção e o brincar levavam horas, duravam até alguém se entediar e propor uma nova aventura, aí era hora de soltar os gigantes, a gente sempre ouviu que era pecado maltratá-los e que devíamos libertá-los (conselho de mãe), só assim eles voltariam em uma outra noite para uma nova aventura.



Era um mundo lúdico, todos os dias eram mágicos, cheios de novidades e de grandes aventuras.


Eu lembro de todas elas!


Rogério Alves 


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