Como um Patinho
- Rogério Alves da Silva
- 14 de jun.
- 1 min de leitura

A vida muda de estado sem nenhum aviso prévio
Joga o vivente ainda atordoado em um novo mundo
Mostrando que a estabilidade não faz parte dela
O agora não dá certeza alguma de como será o amanhã
É besteira querer estar no controle de algo tão instável
E como é difícil apreender esta realidade inevitável
Que pode mudar durante uma amistosa conversa
Uma reunião “inocente” que esconde suas razões
Uma ligação dentre tantas com voz quase inocente
Ou outro encontro qualquer oferecido pelo conviver
Exercício inevitável de um simples e bobo vivente
Que se deixa levar e ser vitimado ou faz vítimas
A cada uma destas armadilhas juro que foi a última
E há sessenta e dois outonos, caio como um patinho
Que não resiste ao chamado do apito do caçador
E paga com a saúde o preço de estar ali convivendo.
Rogério Alves
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