Compaixão
Quando a vida aperta o meu coração
curvo-me diante do medo, da solidão.
Caminho só, de cabeça baixa
e olhar ao chão.
Em fuga, cubro o meu rosto
envolvendo-o em minhas mãos.
Com os meus olhos fechados,
o que me resta é a escuridão.
Em minha quietude silenciosa,
busco refúgio e forças na oração.
Clamando por amparo e atenção,
Almejando afagos e orientação.
Com a alma aberta,
desejosa de um carinho
carente de consolação,
lhe busco confiante
como única solução!
E, sim!
Você sempre me ouve e ampara,
tomando-me pelas mãos.
E mais uma vez, sinto seu amor imenso repleto de compaixão!
Tempo de amar
de encontrar a paz e reconciliação.
Cabeça erguida, sorriso aberto,
afino a vida por seu diapasão.
Rima fácil unindo coração e solidão,
escuridão com oração,
trazendo-me consolação
apontando-me o rumo e a solução.
Não é fácil como parece,
sair do breu e seguir a viagem
tomando, na mão, a própria reconstrução!
Rogério Alves
Quando a dor da alma aperta é hora de quietude e do auto acolhimento. Desenvolver a auto compaixão será preciso para aceitarmos a nossa realidade, buscar a luz interna intensamente e fazê-la brilhar. Por mais fraca que seja, ainda assim modificará a escuridão, mostrando um caminho a seguir.