Compromisso: Se marcar, chega!
Sabe aquele compromisso assumido com muita antecedência?
Que você acha que não vai chegar nunca?
É desse e de todos os outros que quero falar.
Sempre digo que, por mais distante que esteja, ele chega; quando você o assume, o momento é outro, a motivação e o entusiasmo diante do convite é de sossego e, como é lá na frente, você aceita, assume, compra, combina, sem nenhuma consequência naquele instante.
E é aí que as coisas mudam, aquele dia termina e daí em diante o tempo parece fogo de morro acima, que ninguém consegue segurar.

Quando alguns compromissos chegam, eu fico pensando: será que eu estava bêbado ou drogado quando assumi? Mas eu nem bebo! Onde eu estava com a cabeça? E a consequente resposta é: agora tenho que cumprir o dolorido "cãopromisso".

Vou falar só de um: para mim que moro há 130/140 km do aeroporto, a viagem de carro dura mais ou menos três horas, dependendo do trânsito. Aí, chego, estaciono o carro, entro e pego a fila do check-in sempre enorme, vou para o embarque e passo no raio X com funcionários bravos que me olham sem disfarçar a desconfiança.
Finalmente é só aguardar muito e embarcar; entro no avião e, confortavelmente, me enfio num lugar projetado para crianças e pessoas de 1.70 cm de altura e 70 kg no máximo, o detalhe é que eu tenho 1.83 cm de altura e peso 120 kg.

Agora é só aguardar mais uns 30 minutos até a decolagem, se tudo correr bem. Mais duas horas de "viagem", onde tenho que estar com as pernas bem abertas e rezar para o passageiro da frente não deitar o encosto da cadeira, pois isso esmagaria meus joelhos.

Duas horas passam rapidinho? Nunca. No meio desse tempo interminável tem o lanche, não tem espaço para abrir a mesinha, mas o lanche compensa: refrigerante quente e aguado por muito gelo e um pacotinho com 25 gramas de uma coisa crocante.