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Foto do escritorRogério Alves da Silva

Cotidiano

"Todos mentem na vida? Não, só os normais."


A vida é um desfile de modelos idealizados que acabam nos levando a criar e acreditar em personagens, tanto na nossa vida, como em nossas relações, buscando ocultar que somos todos normais.



Costuma-se dizer que é no lar, com quem convivemos cotidianamente, que realmente nós nos mostramos. Nestas relações, nos desnudamos e nos expomos sem máscaras, como realmente somos.



É muito engraçado como idealizamos as pessoas; quando admiramos alguém e temos a oportunidade de conhecê-la pessoalmente, de conviver com esta pessoa, rapidamente, aquela imagem vai sendo desgastada e até nos frustramos ao constatarmos que ela é também normal, assim como nós.

O que nós, às vezes, não nos damos conta é que as pessoas também nos idealizam e constroem um personagem que passa também pelo mesmo processo de desgaste e desnudamento, pois quando convivem conosco, vão percebendo que somos também normais como elas.


Já passou por uma destas situações acima?

Você mente?


Conheceu alguém que você admirava há um tempo, pelo seu trabalho, pelas redes sociais, pela educação, por sua postura política ou por qualquer outro encanto e, ao passar a conviver mais de perto com esta pessoa, ela foi se humanizando para você?


Mudando o ponto de vista

Eu já passei muito por situações onde as pessoas, ao me conhecerem de forma mais próxima, comentavam espantados com outros amigos: "Eu não sabia que ele falava palavrões". Isso como uma menor decepção, porque conforme o tempo de convivência vai se estendendo, o sentimento inevitavelmente se transforma em frustração.


O que venho aprendendo, é que o problemas não são as pessoas, nós é que idealizamos e criamos expectativas em relação a elas, quase sempre infundadas, superficiais e às vezes utópicas, numa atitude infantil e até boba de modelo de perfeição.


Seja você mesmo!

Eu já disse aqui no Blog que venho tomando medo e cuidados com pessoas boazinhas e perfeitinhas.


Tenho me policiado muito em não idealizar e muito menos rm julgar o outro, buscando compreender os motivos e o tempo de cada um.


Somos o que somos!

A busca desafiadora é sermos correntes.

"A boca fala do que está cheio o coração."


Rogério Alves



1 Kommentar


Modesto
Modesto
06. Juni 2021

Provavelmente pela idade, aprendi que não devemos esperar nada de ninguém, que não devemos ter expectativas. Assim, não me decepciono, ou melhor, sinto-me surpreendido agradavelmente quando alguém faz algo que não esperava. Acredito que aprendi a ser assim por lidar com muitas pessoas, sendo grande parte delas, públicas. Sei que também ninguém precisa esperar nada de mim, apesar de acreditar que procuro agir corretamente.


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