Dias nebulosos

Bommm… diaaa…!

É o que se ouve cotidianamente, algo quase que automático por parte dos que convivem socialmente. Mas, por aqui, tem havido uns dias que impedem a resposta que se espera do outro lado como um tipo de comprimento convencional e educado. 

Falo daqueles dias em que se acorda pesado, olhos inchados, estômago meio enjoado, com o humor seriamente comprometido e onde falar é um sacrifício tremendo. E é engraçado, porque quase sempre não se identifica o motivo ou motivos para este estado. Não sei se por aí também acontecem desses dias ou se eles são “privilégio” de uns poucos.

No meu caso específico, esses difíceis amanheceres aparecem após noites mal dormidas, onde foi difícil o encontro com o sono e ele, rebelde, não se fez como deveria ou recomenda-se. Penso aqui com os meus botões que, na realidade, as coisas já não vinham bem desde ontem ou mais e que o acordar combalido não seja só sintoma de uma noite mal dormida.

Estas são manhãs nebulosas, onde até a respiração se faz difícil e é aí que se deve entrar com uma disposição inabitual para mudar o estado vigente respirando profunda e regularmente, o que traz novos ares, iniciando uma melhora gradativa do estado geral, um simples ato de vontade consciente que vai iniciar a mudança. 

É bom saber que muito dessa mudança está em nossas mãos e que, quase sempre, se faz a partir de ações simples como: um bom banho, se arrumar e sair para dar uma volta… Em pouco tempo, as coisas mudam e nem nos lembramos mais daquele desânimo e do mal-estar.

Somos sócios majoritários da nossa vida e, por esse motivo, mandamos muito nela, o suficiente para não se deixar entrar por caminhos que sabemos não levarem a bons lugares e estados que serão de se lamentar.

Então, se acordar e o dia estiver meio nebuloso, respire profundamente, pule debaixo do chuveiro,  se arrume, dê uns pulos, uns gritos e saia para ver o que a vida tem para você. Comigo funciona!

Rogério Alves