Doce Mar de Lágrimas
Atualizado: 2 de jul.
Desde muito pequenino, um menino iniciando a vida,
escrevia no papel sem nem ter ainda pisado o chão.
As minhas aventuras ainda estavam todas por viver,
histórias que só iriam chegar com o escoar do tempo.
E elas vieram, trazendo ao menino o gosto pelo viver,
encanto pelo aprender e tudo o que me fez crescer.
As horas construíram os dias que se fizeram anos,
que correram para formar o lago das
seis décadas.
Agora, creio já seja hora de fazer um balanço,
mensurar quanto de chão já pisei e o quanto aprendi.
Aprender é compreender o quanto não se sabe,
admitir que só com humildade se vai apreender.
O tempo dá o saber do calar-se para abrir-se ao ouvir,
ajuntando tudo que puder, dando-se ao compartilhar.
Vida boa que chega com o caminho trilhado e visto,
por olhos abertos, pelo querer saber ser e fazer feliz.
Encontrando a cada passo a alegria da descoberta,
de um mundo novo, cheio de risos e contentamento.
Onde o destino é a sensibilidade, e até as lágrimas são doces.
Rogério Alves