Inspiração
"Deus quer, o homem sonha, a obra nasce."
(Fernando Pessoa)
Ela nasce de repente, sem aviso, surge como uma torrente que vem sabe-se lá donde; uma força imensa que gosta de gente, mas que, em sua grande maioria, termina por se dispersar, por ser ela muito sensível, sutil, muito arrisca e extremamente volátil quando sente-se ignorada ou quando percebe pouco caso, vai embora.
Ela aceita, toda feliz, o convite para atuar conjuntamente com a vontade, com o esforço do fazer, que supera o temor paralisante que congela a criatividade, podendo levá-la ao extremo da estagnação.
Quando ela dá o ar da graça, sente-se uma leveza no que, antes, era fruto de grande esforço. A ação, seja ela qual for, passa a fluir com desenvoltura e leve elegância, revestida de naturalidade.
Aprofundando um tiquinho mais a prosa, vou te contar algo que me contaram e não pediram segredo: ela não vem assim ao acaso, o mais certo é a gente buscá-la, desejá-la, inspirá-la mesmo, enchendo-se de querer, convidando-a para agir juntos, em uma parceria perfeita.
Um requisito se faz imprescindível: estar pronto para a aventura sem ela, fazer bem feito a nossa parte e, aí, almejá-la com ardor. E se ela vem, é todo um acréscimo de potência, uma lucidez ampliada, um reforço para que seja melhor o que faríamos sozinhos e, com ela, pode-se conseguir a excelência.
Não se veja excluído(a), não permita que te excluam, ela está à nossa espera, é só criarmos as condições propícias, estando dispostos a fazer sempre o melhor que ela vem com certeza.
Você já se sentiu inspirado? Pois é, é da inspiração que eu estou falando, dessa força que amplia os nossos potenciais para realizar. Se você ainda não se sentiu inspirado, talvez só tenha faltado um pouquinho de sensibilidade e de vontade para acolhê-la. Experimente, vai dar certo e você vai se sentir poderoso!
Rogério Alves
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