Marcas e Notas
Vim de viver o que dizem ser vidas
e, por uns tempos, só fiz foi vivê-las.
De arrasto e com olhos arregalados,
pude ver e sentir o quanto fui amado.
Me pedem para contar uma história
que pensam ser prosa ou invenção.
Pobres! Nem imaginam que a vivi...
senti na pele, anotei-a no coração.
Reunidos em frente a uma lareira,
fitei o fogo e a emoção me ardeu,
a história se fez e trouxe comoção,
tristes notas marcadas por aflição.
Meu coração, batendo bem rápido,
era com um livro de tipos estranhos.
Na mente, as marcas das aventuras
eram gravuras nítidas, ainda vivas!
Minhas histórias não são invenções
são sim, frutos de experimentações.
Aventuras, amores, dores e solidão,
registros vivos e distantes da ilusão.
Rogério Alves
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