Normalidade
O que é o normal?
Analisando o nosso dia a dia, fui levado a uma reflexão mais ampla e gostaria de compartilhá-la com você aqui no Blog e te trazer para essa conversa de amigos. Constantemente, tenho ouvido as seguintes colocações:
"Não se preocupem, daqui a alguns dias, tudo voltará a ser como antes!"
"Estou doido que tudo isso passe e que a vida volte a ser como era!"
“Será que tudo voltará mesmo a ser como antes?”
"Não aguento mais isso…"

Fico muito intrigado ao ouvir estas colocações;
penso se tudo estava, realmente, bem antes…
Éramos felizes?
Estávamos satisfeitos com a vida que vínhamos levando?
Colocações futuristas também são bastante comuns, algo como:
"O que vai acontecer quando tudo isso passar?"
"Você acredita que sairemos melhores dessa experiência?"
"Essa pandemia nos fez repensar nosso modo de viver?"
O que temos assistido, na realidade, é uma impensada retomada dos hábitos, mesmo antes que as autoridades decretem ou que seja autorizada pelos órgãos de saúde a volta à normalidade da vida.

O enfrentamento à pandemia não ocorreu como deveria ter acontecido, desde o início e, por isso, se prolongou excessivamente a necessidade do isolamento social.
Dessa mesma forma, as pessoas estão rompendo com as recomendações, umas por necessidades variadas, outros por simples enfado provocado pelos mais de 100 dias desde o início das medidas restritivas.
Mas a questão que te convido a analisar é:
Qual o real impacto que essa experiência vem provocando ou já provou em sua vida? Quais delas, provavelmente, permanecerão?
O que tem ficado evidente, para mim, é que as atividades estão sendo retomadas.
Já é possível, facilmente, constatar uma normalidade com ar rotineiro (até pelas reclamações), algo muito comum antes da pandemia em relação ao dia a dia.

No início, meio em ritmo de festa, as famílias se motivaram e vimos: distribuição das atividades, recreação com as crianças, tempo para a leitura, filmes em família, faxinas, vídeos bem humorados na internet… mas, o tempo é cruel e a rotina ronda mesmo as inovadoras e criativas ações... Com o passar dos dias, tudo tende ao habitual e a perder o ar de novidade.
Penso que a vida mudou, que ela exige de cada um uma postura e atitude à altura de suas exigências...
Mas somos compelidos a retomá-la de onde paramos, como se nada tivesse acontecido se não ficarmos atentos e espertos.

É imprescindível que se faça uma análise desse novo contexto em seus vários setores e aspectos: familiar, social, econômico, profissional…
Filosofar em busca…

Olhando para mim, não será possível uma retomada como estamos vendo, onde simplesmente as pessoas estão abandonado a prevenção e os cuidados e retomando à anterior forma de fazer as coisas e levar a vida como se estes muitos dias não tivessem me levado a buscas e como se respostas e novos caminhos não tivessem sido encontrados.
Dessa forma, o que veremos será a sucessão de inúmeras ondas de contágio e retrocessos na retomada das atividades em seus vários setores; algo já constatado em outros países e realidade em algumas das nossas cidades. O que nos levará a intermitentes paralisações e a novos momentos de isolamento social.
Na realidade, o que pode, a princípio, parecer simples e até um motivo de alívio, vai requerer um meticuloso plano que nós não temos e nem nos oferecem.

As bandeiras sinalizam uma retomada, muitas vezes, imposta pela economia em detrimento da saúde.
Anunciam, dia a dia, a retomada em vários setores;
você se sente pronto e seguro para essa aventura?
Você se sente seguro com a retomada das aulas no colégio de seus filhos?
De voltar para a faculdade?
Na abertura da sua Casa religiosa, você se sentirá à vontade quando o número de pessoas aumentar?
E quando as pessoas se sentarem ao seu lado?
Estamos até aqui falando de ações que você pode optar em ir ou não.
E os que não podem optar?
Como conciliar a prevenção, a segurança e a realidade econômica?
Como enfrentar o transporte coletivo para a volta obrigatória ao trabalho?
Algo já visto em algumas cidades e totalmente em desacordo com as boas recomendações.

Diante destas provocações e constatações, quero te convidar para se planejar, para montar o seu plano (familiar) de retomada, já que não contamos até essa data, com um plano coletivo vindo do poder público.
Planeje-se, coloque no papel e treine, eduque-se e eduque os seus para vivenciarem esta nova realidade que demanda novos hábitos e medidas especiais que vão nos acompanhar por um tempo ou para daqui em diante.
Se parar foi difícil, retornar vem se mostrando extremamente complicado e vai exigir muito trabalho, dedicação e planejamento pessoal.
Como tem sido sua volta?
Como você se sente agora que a vida tem que ser retomada?
O que realmente mudou?

A vida mudou!
Talvez, seja esta uma forma que ela tenha encontrado para nos convidar a sentarmos para ter uma boa e necessária conversa, para aprender a planejar e a prever o próximo capítulo.
Rogério Alves.
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Muito boa abordagem ao nosso necessário enfrentamento... Temos que seguir, ou melhor – prosseguir...
Talvez os anseios e medos justos - nos chamem à consciência do que ainda não fizemos, do que precisamos refazer, cada um em si...
Daí, a presença dela (a consciência) em nós possa ser um importante fator de relevo a todos. Sem ela talvez fique duro; talvez impossível...
Acho que não devemos esperar muito de metas externas, que não tenham sido por nós mesmos processadas, para que a Intuição, a Criatividade e a Fé possam, em seus sentidos mais abrangentes, fazerem parte dos diários desafios.
Esses elementos aparecem sempre em todo o movimento de renovação.
Acredito que as soluções, vindas de dentro de nós, nos ajudem a…