Notas de Inverno
- Rogério Alves da Silva

- 10 de set.
- 1 min de leitura

O vento que está sempre voando por aí,
foi e não voltou mais por aquelas bandas,
esquecendo as nuvens negras para trás
que foram pesando sobre a bela cidade.
Da janela, avisto-as espetadas nas torres,
outras, engolindo os velhos arranha céus,
e as mais ousadas cobrem as montanhas,
formando uma coleção de diversos cinzas.
Onde o frio, sem perda de tempo se fez,
compondo um belo quadro de pouca luz,
cenário para o poeta se lembrar da pena,
que grava no papel o que ele vê e sente.
Afogado pelo que bebe seus tristes olhos,
se delicia embalado pela música ao longe,
quase inaudível, pobre lamento de paixão,
de onde escapam belas notas da emoção.
Rogério Alves

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