Roda Viva
A vida não para, não pede licença e muito menos concede reprises, ela é uma aventura sempre inédita.
Por volta das 05:30h… uma força se faz presente, exigindo-me que a vida seja retomada, depois de alguns minutinhos de boba relutância, os pés tocam o chão, o corpo se ergue e se espreguiça para que o espírito se encaixe de novo justa e exatamente.
Pronto, uns alongamentos, água e a vida já se assanha e, toda faceira, enfileira os afazeres de forma quase perfeita, pois já se aprendeu com o tempo que tem que ter uma relativa flexibilidade para que tudo vá se encaixando sem fortes atritos ou desajustes.
O dia vai caminhando sem se deter e, nas entrelinhas dos compromissos, vão entrando aqueles penetras que, na cara de pau, se fazem convidados e precisam também de atenção e serem atendidos.
Que bom que a gente não consegue prever tudo, o inesperado faz com que o sangue corra mais rápido e, nesse embalo pulsante, nós vamos juntos, nos sentindo vivos, provocados a vencer, a superar as missões e desafios.
Entre um compromisso e um outro dos tantos afazeres diários, a vida se nos apresenta oportunidades e elas são tantas: o sinal fecha e vem uma senhora de cabeça branca vender paçoca, o que fazer? Comprar? Ela tem cara de vovó.
Gosto muito da palavra inabitual!
Fazer o inabitual! É muito bom fazer o que ninguém faz, agir como poucos agem, se posicionar de forma ética diante da vida.
Lá pelas 22:00h, meus olhos já estão rebeldes, mesmo diante da vontade de seguir em frente, eles se fecham e vão assim até às 05:30h.
Quando é hora de espreguiçar-se e se encaixar de novo no corpo, retomando a vida de vigília.
A vida é uma Roda Viva…
Rogério Alves
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