Seis Décadas
Vim correndo até aqui! Agora, quero andar, viver tudo com calma, aproveitando bem o caminho.
Sempre ouvi de crises vividas em virtude de determinadas idades como "a crise dos cinquenta", creio que seja a mais famosa e a que afeta mais pessoas.
Passei pelos meus cinquenta anos correndo, foi uma época de tantos afazeres e compromissos, que não me lembro de ter sido afetado, nem se teve festa consigo me lembrar.
Agora, quando chego aos sessenta, deixando a maior idade e passando a ser técnica e legalmente um idoso, o sentimento é outro. Aliás, já venho há muito pensativo, introspectivo em uma profunda autorrevisão.
Uma boa e verdadeira retrospectiva, revendo tudo por que passei e vivi, lembrando-me de todos os caminhos percorridos e das paisagens lindas e das nem tão bonitas que vi.
Nestes meus passeios, tenho encontrado algo muito especial que se destaca dentre todas as aventuras, esse algo são as pessoas, gente que chegou e se foi, outras que chegaram e ficaram, passando a caminhar comigo e como elas me fizeram melhor e me fizeram crescer!
Em outros capítulos, me lembro e vejo tudo o que me ensinaram e como eu aprendi, lá no início eu nada sabia, só depois de sessenta anos, finalmente estou aprendendo a aprender, a calar, a ouvir, a acreditar que dá para ser mais feliz.
Concluindo, quero ir até os cem anos, mas, por tudo que já sei e apreendi, aceitarei os oitenta. Então, só tenho mais vinte, um quarto do total, três quartos já foram vividos.
Vejo que é hora de abrir os olhos e ver tudo o que a vida ainda guardou carinhosamente para me mostrar e o que me deixa muito animado é que eu quero, e muito, viver essa aventura maravilhosa!
E você, em que ponto está dessa louca e bela caminhada chamada de vida?
Rogério Alves
Seis décadas, mas agora vou degustar a vida! Eis a famosa crise dos cinquenta.
Foram tantos e tantos afazeres, que nem me lembro se tive festa de aniversário.
Hoje, faço uma autorrevisão com ajuda de lupas, recordando todos os sentimentos percorridos.
É uma aventura crescer comigo mesmo, viver uma vida de eterno aprendiz, ouvindo, calando muitas vezes para conseguir ser mais feliz e sem incômodos, para sonhar e recomeçar.
Eu passei pela chamada “crise dos cinquenta”. Em verdade, nunca pensei nela, mas ao fazer quarenta e nove anos, fiquei inquieto. Tanto é que a minha esposa fez uma grande festa quando completei os tais cinquenta anos (lembro-me perfeitamente desta festa). Dos cinquenta aos sessenta, não me toquei, mas ao me tornar um sessentão, a ficha caiu, no bom sentido, e ano após anos, sempre agradeço ao Pai Maior por permitir que continue por aqui. Agora, aos setenta e dois anos, simplesmente vou da onde do Zeca Pagodinho: “deixa a vida me levar...” até onde for possível, agradecendo a Deus sempre que chega a data do meu aniversário, tendo a certeza que em algum momento, como falamos na entidade do…