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Foto do escritorRogério Alves da Silva

Surpresas e desafios


Como você lida com desafios - situações difíceis que surgem e exigem ações, atitudes fortes para seu enfrentamento, encaminhamento e consequente solução?


Não sei se com você é assim. Comigo pululam, são muito comuns.

Talvez, em virtude da minha atividade profissional e por estar envolvido em ações de coordenação e gerenciamento, à frente de atividades que exigem respostas rápidas e assertivas.


Olhando por este prisma, você poderia dizer: nada mais esperado, em virtude do contexto em que você está inserido.


Sim, realmente! Mas é sobre um outro ângulo que te convido para analisar aquelas surpresas do dia a dia na nossa vida de relação.


Como você lida com elas?


Vou te contar algumas:



Vizinhos novos com três cachorros que latem ao menor movimento ou barulho na minha casa. Latem também o tempo todo quando os donos se ausentam e, em dobro, quando eles chegam. Donos que, quando chegam, berram para os cães alegres se calarem.


O que fazer?


Detalhe: a voz da senhora vizinha é mais estridente do que os latidos do Cocada. Desconfio ser ele o líder da matilha ao lado...


A vida aqui estava passando tranquila, quando, do lado oposto da minha casa, começa a subir um prédio, e ele subiu com vontade, sem limites... até que os dois últimos andares desabaram!



Logo chegou a notícia de que a obra era ilegal e a sugestão da Defesa Civil para a desocupação da minha casa. Resultado? Rua interditada, sujeira, poeira da demolição... tem isopor no meu jardim até hoje!


Que medidas tomar?


Completando: Quando estava em obras, o rádio dos pedreiros era ligado bem cedinho, numa estação daquelas bem chatas que só tocam "músicas ruins", além do barulho da própria obra o dia todo.


O que você me diz?

As coisas são assim mesmo?



Pois é, tudo ia bem, até que no final de uma tarde de verão formou-se uma Chuva daquelas, acompanhada de ventos fortes que arrancaram o beiral de um outro prédio vizinho, agora aos fundos, atirando as telhas (que deveriam estar amarradas) sobre o telhado da minha casa.


E agora?

Será marcação comigo?


Pois foi a segunda vez! E o condomínio custa muito a ser convencido (quase que judicialmente) de sua responsabilidade pelos danos causados.


O que fazer?

Acredite, são verídicas as historinhas acima.


Neste momento, você poderia pensar em me recomendar que eu me mude rapidamente deste endereço. E eu lhe perguntaria:



É só aqui na minha casa que acontece?

É só comigo?

Será que é por causa do endereço?

O número da casa dá azar?

Uma vil conspiração?


Não, não... é só a vida no seu natural trabalho de nos mover em busca de crescimento, fruto da proximidade com as outras pessoas, da relação inevitável da convivência social.


O que fazer diante destes e tantos outros probleminhas?


*Bateria do carro que cai "sem aviso".

*Vazamento de água "imperceptível" e a conta vem altíssima.

*Motocicleta barulhenta que passa inúmeras vezes e teima em não cair, apesar de toda torcida e pragas.

*O mês continua correndo mesmo depois de o salário ter acabado.


Eu poderia continuar por páginas, mas é assim mesmo: o vento que venta aí, venta aqui também ou vai ventar!


A vida é assim, uma sucessão de desafios que tem a intenção de nos fazer crescer; a paz, a felicidade, a tranquilidade… são estados íntimos a serem construídos, que só começam a fincar suas bases quando olhamos para ela como um grande e democrático desafio, algo que deve ser enfrentado primeiramente com bom humor e com a certeza que podemos superar, que passados alguns dias, vemos que nem tão terríveis eles foram.



Busque sempre o lado bom desses acontecimentos, resolva com leveza e, como forma de consolação, lembre-se que poderia ser pior!

Sempre pode ser pior!


Vivamos!


Rogério Alves


2 Comments


Modesto
Modesto
Apr 25, 2021

Pois é, meu amigo! Tem horas que pensamos que somos escolhidos para sermos incomodados e, pior, sentimo-nos perseguidos. Nada disto, pois pergunte a qualquer um e terá resposta semelhante. Neste sentido, a idade pode nos tornar mais negativos ou mais positivos, enfim, é a história do copo meio cheio ou meio vazio. Prefiro, apesar de algumas vezes dar vontade de quebrar o copo, vê-lo meio cheio.


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Cristine Herdy
Cristine Herdy
Apr 24, 2021

Stressodorun o nome do remedinho que eu tomo quando começam essas sucessões de eventos incontroláveis. Foi bom ler isso hoje. Me lembrou que eu preciso tomar para tentar controlar a minha reação aos eventos.

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