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A máscara caiu


Quando lá em 16 de março, às 16:03h de uma segunda-feira morreu a primeira vítima da COVID-19 no Brasil, nós ficamos meio que desapontados, afinal, o vírus chegava oficialmente e marcava a sua presença, mostrando que nós não seríamos poupados…


Iguais ao resto do mundo, teríamos que tomar medidas urgentes (e já atrasadas) para o enfrentamento deste visitante "inesperado", que nós sabíamos a caminho, frustrando a ilusão de que somos diferentes, ¨abençoados¨, que aqui é ou seria diferente...


Hoje, quando contamos mais de 130 mil mortos, já dispomos de uma certa intimidade com o vírus e com os números rotineiros de mais ou menos 1000 óbitos por dia.


Vivenciamos um sentimento nada parecido com aquele de estupefação e de dor que nos tomaram quando assistimos, em loco, na Itália, os lúgubres cortejos dos caminhões transportando corpos…


É engraçado como nos acostumamos aos mais chocantes acontecimentos, como mesmo a morte é banalizada. Como números e prognósticos passam a não nos afetar.


Agora, que o isolamento social é somente uma vaga lembrança de algo que deixamos num passado recente, constatamos que a vida voltou em todo o seu potencial a normalidade, o trânsito nos mostra toda a sua pujança nos engarrafamentos, como se nada tivesse acontecido.


As empresas, de forma geral, retomaram suas atividades. A economia, que foi a grande preocupação de muitos, voltou de uma só vez de forma surpreendente, contrariando todas as previsões catastróficas, assistimos até um relativo desabastecimento em alguns setores, fruto e reflexo da paralisação necessária naqueles primeiros dias.


Fala-se, agora, na retomada das atividades das escolas, o transporte público voltou aos moldes pré-pandemia (lotados) - também como se nada houvera acontecido.



O uso de máscaras ainda é contestado por uns poucos, muitos que nunca levaram a sério o vírus, continuam duvidando e se vangloriando de que não foram contaminados e creem que não o serão.


Mesmo agora quando a morte despudoradamente se aproximou da grande maioria de nós pelos seus números inacreditáveis, vitimando parentes, amigos, conhecidos, pessoas no nosso bairro... o temor dos primeiros dias daquele março se viu substituído por uma coragem "imunológica" criada pela imperiosa necessidade de voltar a "normalidade", uma saudosa busca pelo que vivíamos antes da chegada do vírus, este sentimento se demonstra em todos os setores da vida.


Retomamos nossas atividades profissionais, intelectuais, sociais… e o que vivenciamos é um ¨tudo como era antes¨..


Todas as previsões de um mundo novo, de um ¨novo normal¨ onde acreditava-se e profetizava-se, de forma romântica, que chegaríamos mudados, transformados ao "pós pandemia", não vêm se constatando...