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Quando o tempo é só meu,

os ponteiros ganham asas;

mas quando eu vendo barato seus minutos,

eles se arrastam preguiçosos…



O tempo é pedra bruta que oculta no seu íntimo uma beleza que demanda vontade para fazê-la se mostrar; um bem precioso que eu andei dando pouco valor, pois Ele me parecia inesgotável lá no início dessa vida, passando despercebido aos meus jovens olhos.


É interessante como sua passagem lisa foi tornando mais astuto o meu olhar. Percebi que ele passa e o faz apressado, não voltando por nada, surdo aos meus apelos e ainda vai deixando suas marcas e pegadas profundas por onde escoou.


Ainda não aprendi como detê-lo, menos ainda como guardá-lo. Sem se apegar, não lê nem escuta os meus pensamentos, que guardam algumas boas lembranças da sua passagem, aventura que começou lá no início dos anos sessenta, ainda no século passado.



Mas, pelo menos, eu aprendi que é possível quando se quer, se apossar de uns poucos nacos desse fujão para desfrutar das maravilhas do viver, horas investidas no eu, minutos de silêncio dedicados à solitude, em instantes que passam correndo diante dos meus óculos de lentes grossas.


Ele me ensinou também que, quando eu vendo ou dou os seus minutos para ações contrárias à minha natureza, eles teimam em não passar, cobram tanto ou mais que o valor recebido e não registram o tênue prazer deles advindo.


O tempo exigiu de mim, quase três quartos de vida para me mostrar seu brilho preciso; solicitou lentes para que eu pudesse continuar a ver suas peripécias; me concedeu finalmente, o direito de escolher como e em função de quê vou dedicar as coleções de minutos que formarão este último quarto de vida restante.


Finalmente eu o tenho em minhas mãos!


Rogério Alves.





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